segunda-feira, 30 de agosto de 2010

. e então!


A vida não tem sido fácil, e se pensarmos direito, na verdade, ela nunca foi!

Estamos fadados à ignorância do mundo, ao desespero, à arrogância do ser humano e a impaciência, que só faz corroer nossos corações e destruir sentimentos que um dia foram bonitos e viveram em nós, sem falar na Natureza que tem mostrado sua força contra a raça humana e toda a sua covardia – com toda razão do mundo!

Nos dias atuais me arrisco a dizer que a correria é quem molda o caráter individual e o senso de coletividade, os homens vivem banhados em orgulho e preconceito, mais um ponto contra a vida linda e regrada que todos, ou grande maioria de nós, tanto desejamos.

E a fabulosa internet? Não tenho muito o que reclamar dela, e nem posso, como eu poderia vir e trazer essas palavras sem esse “toque de mágica”? Sim, “mágica”, é a definição que considero mais certa para ela atualmente, outras virão, mas por hora é ela e só. É uma verdadeira maravilha, transforma estranhos em vizinhos, amigos e quase parentes (grande coisa, o que é um parente hoje em dia, se há pais matando filhos e vice-versa?)... Mas aprendi com a internet algo que vou levar para sempre e gostaria que uns dois ou três que vierem a ler isto aqui refletissem: internet não faz bem ao coração. Bom mesmo são pessoas fisicamente próximas, que olham nos seus olhos e sentem o calor da sua alma, que têm carinho ou desprezo por você, mas de perto, conhecendo o que realmente vêem, sabendo com quem realmente tratam e, principalmente, conhecendo “carinho e desprezo” num âmbito maior que o mestre Google.

E então? Já que a Natureza está contra nós, a raça humana é formada por um grupo de insanos aloprados, a paciência deixou de ser uma das nossas virtudes, e a internet pode dominar o mundo... a minha decisão é deixar de lado as dificuldades da vida por alguns segundos, mascar chiclets, tomar sorvete, chegar atrasada no trabalho, correr pra alcançar o ônibus, me esbaldar (no bom sentido) nas festas da faculdade, abraçar minha mãe como se ela fosse a única pessoa da minha vida, sorrir para todos, principalmente para aqueles que eu julgo que não merecem, brincar com minhas crianças, amar e respeitar infinitamente meu Nino, ir e vir, abraçar, chorar quando der vontade, fugir quando for preciso e sumir sempre em pensamento; porque esta vida é única, e, embora eu tenha oportunidade de vir no futuro e reparar meus erros e defeitos, a felicidade de agora não poderá ser reconstruída, nem por um milagre da internet.


“Felicidade sim!”