domingo, 17 de maio de 2009

.. o meio do susto era também metade do caminho...

E no final das contas, não importa o motivo pelo qual entramos no mundo, mas sim
o que nos faz permanecer nele!


Graças a qualquer coisa muito positiva, a vida aproxima o que, teoricamente, permaneceria sem nenhum tipo de contato. Eu jamais saberei explicar ao certo o porquê, mas há obras tão perfeitas na terra e sentimentos tão impecáveis, que a única explicação aceita é o destino.
Às vezes o que falta na vida é um ponto de semelhança entre alguns completamente diferentes e na minha, agora, há!
Por vários momentos me senti sem chão, sem ar, sem nada, precisei de um fio terra, e não tinha; faltava diálogo, expressão, e confiança no mundo e em qualquer tipo de gente. Mas um dia eu encontrei grande maioria dos pontos que me faltavam, ouvi palavras que nunca tinham me falado, ri de coisas que nunca imaginei e vi em mim o que nunca havia notado: quem EU mereço. Eis que me sentia querida, acolhida e entendida em qualquer ambiente em que estivesse (poucos, é claro) - o que me fez passar a me ver diferente também - eu me sentia melhor, mais eu e mais mim, e, por mais estranho que parecesse, lá estava eu, um ser "quase" autista (não comentem!) cercada por algo que eu achava desconhecido: amizade. E quando tudo estava bonitinho, sem motivos, decidi, novamente, me afastar do mundo e me obriguei a viver ainda mais distante daquilo que acabara de se transformar em tudo o que sempre me fez bem. E por quê? Medo de perder, como já era de costume.
Eu cresci ouvindo as pessoas dizerem que "não se pode saber o que vai acontecer sem provocar o acontecimento", e naquele momento foi exatamente isso que eu achei necessário fazer, mudar de ares, de ambiente, de pessoas. E quis procurar quem mais estava perto de mim, mas que eu mantinha distante por... por quê? "Mãe, preciso conversar com uma amiga". E no meio do meu susto, eu já estava também na metade do caminho =º). Várias e longas horas entre cidades e rodovias, sem saber como seria a recepção, apenas com todas as passagens em mãos, um endereço, e a reserva em um hotel. (...) Foram as melhores horas de toda a minha vida, todo o medo sumiu, e tudo o que eu havia de ter certeza, eu tinha!
Hoje, é esse tipo de pensamento que me carrega, que me motiva e obriga a continuar. Eu não quero ser exemplo para outras pessoas, o que me importa agora, é mostrar para mim mesma, nos momentos em que tudo parecer obscuro e sombrio, tudo o que já me fez feliz e relembrar que eu ainda tenho aquelas quatro pessoas que sempre estarão ali para quando eu precisar.

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